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sexta-feira, 26 de outubro de 2012


A sociedade hodierna como distopia de Marx e Orwell
Lastimavelmente cômico é como um shopping assemelha-se a um formigueiro,lotado de formigas aflitas,que amiúde comunicam-se raspando suas patinhas cafeinadas numa angústia sem nome,que nem mesmo elas compreendem,e tampouco preocupam-se em o fazer. Se ao menos voltassem essa ávida gula a algo pertinente,dar-se-ia explicada a intensidade e o ritmo mecânico e frenético de seu labor. A questão aí é a carência de perplexidade: pupilas deveriam se contrair em indignação,mentes deveriam surtar em cólera!

O que falta nas sociedades capitalistas é o senso de absurdo ante essa coisificação do Homem,em que a força de trabalho do indivíduo é submetida à mesma arena do produto,quando então a mídia ordena que lutem animalescamente,e pior,quando o produto nocauteia o indivíduo,que a essa altura passa a ser coisa. A partir daí,sucede o poder do produto sobre o Homem,a manipulação da coisa sobre o Ser,a usurpação psicológica do indivíduo. Cabe então uma analogia a obra distópica de
 George Orwell,1984,que se faz dignamente preconizada por retratar o despotismo com um quê de genialidade,bem como a absurdidade da manipulação de toda uma sociedade por uma tela combinada à uma voz déspota. 

A problemática acerca da jaula do consumismo laconiza-se em como desacostumar o Homem a louvar,e inda mais,a necessitar duma voz autoritária urrando imperativos em sua orelha,domesticando-o com focinheiras; em como extirpar a veia da abjeta futilidade do Homem Moderno. A inverossimilhança do assassínio do consumismo numa sociedade mormente capitalista faz-se pela necessidade histórica de veneração e obediência do Ser Humano. Somente uma minoria,de natureza mais nobre e filosofia mais elevada é capaz de surdear-se ao murmurinho do capitalismo.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Abajures do Nazismo

Abajures e outros artefatos feitos de pele de prisioneiros judeus é um dos tabus do holocausto.

Os documentos da época revelam ser uma prática comum nos campos de concentração a remoção da pele de prisioneiros mortos para a confecção de bolsas, chinelos, luvas e cúpulas de abajur, entre outros artefatos. As peles que tinham tatuagens tinham um especial valor nesse
mercado.

Uma das pessoas que se tornou famosa por colecionar esses souvenirs é uma alemã que nasceu em Dresden, filha de fazendeiro, chamada Ilse Koch. Ela é vista como uma das mulheres mais más que a humanidade
já conheceu
pelo caráter perverso e crueldade sádica com que tratava os prisioneiros do campo de concentração e era conhecida pelo apelido de “A cadela de Buchenwald” ou “A bruxa de Buchenwald”.


Aos 15 anos, Ilse deixou a escola para trabalhar em uma fábrica e depois em uma livraria. Na época, a economia alemã ainda não tinha se recuperado da derrota da I Guerra Mundial e seu trabalho na livraria a fez começar a se interessar pela ideologia nazista, o que a fez a ter relações – em parte sexuais – com integrantes locais das SA.

Em 1936, começou a trabalhar como guarda e secretária no campo de concentração de Sachsenhausen perto de Berlim, onde se casou com o comandante Karl Koch, muito conhecido pelo seus “eficazes” métodos de tortura e que mais tarde tornou Buchenwald como um campo de concentração modelo pelos nazistas, o tempo médio de vida dos prisioneiros neste campo não passava de três meses.
Influenciada por ele e por seu poder, Ilse começou a torturar e humilhar prisioneiros. Em 1940, construiu uma arena de esportes fechada - com o dinheiro de prisioneiros e seus parentes. No ano seguinte se tornaria supervisora senior da pequena guarda feminina que servia em Buchenwald.

Ilse e outros oficiais obrigavam os prisioneiros e ficarem nus nos domingos para procurarem tatuagens e peles “em boas condições” para a construção de artefatos para casas e até mesmo artefatos pessoais, que exibiam depois com orgulho.
Em 1943, entretanto, Ilse e Karl foram presos pela Gestapo, acusados de desvio de dinheiro e de bens judeus coletados no campo, que por lei era propriedade do Reich. Ela ficou presa até o começo de 1945 quando foi inocentada e solta, mas seu marido foi condenado à morte e executado em abril do mesmo ano. Mais tarde foi presa pelos norte-americanos. Julgada por crimes de guerra, em 1947, e condenada à prisão perpétua, foi libertada após cumprir quatro anos sob a alegação de seus advogados que as evidências conseguidas não eram conclusivas. Assim que foi libertada pelos norte-americanos, foi novamente presa desta vez pelos alemães e colocada novamente frente a uma corte de justiça, devido ao grande número de protestos pela decisão de soltura, sendo novamente condenada à prisão perpétua.

Ilse Koch cometeu suicídio se enforcando na prisão feminina de Aichach após escrever uma última carta a seu filho, em 1 de setembro de 1967 aos 60 anos de idade.

Depois da II Guerra Mundial tudo foi queimado, inclusive os abajures de pele humana. Assim, muitos historiados alegam que isso era apenas um dos mitos judeus, porém muitos dos que viveram na época dizem que não eram apenas boatos.