O que o ócio
não nos leva a pensar? Estava eu sentado no meu sofá com a TV ligada, para não
ficar um silêncio ensurdecedor (uma espécie de som ambiente), e comecei a observar os
objetos a minha volta, vários eletrônicos os quais atualmente é quase
impossível separar-se deles, celulares que nesta década transformaram-se em um
novo órgão do corpo humano, outros meios de comunicação como rádio e a própria
televisão que no momento fazia o papel de rádio, nos viciaram pela sua simples
existência. Nenhuma pessoa que usufruiu destes privilégios consegue sobreviver
sem os mesmos. Acho engraçado o fato de algumas pessoas possuírem um relógio no pulso
e mais de um celular no bolso, e no momento que elas vêem a hora, o espanto é
tremendo! Esta pessoa tem a ousadia de ver a hora no celular. Afinal... Pra que
tudo isso?
Vícios e mais
vícios oriundos do modelo econômico adotado em nosso território. Este
capitalismo extremamente consumista anda escrevendo o destino da humanidade por
um bom tempo com uma enorme ajuda do chamado, por Milton Santos, de “Globaritarismo”,
uma totalização mundial do capitalismo através da perversa globalização. A
demanda de mais dinheiro para alimentar o monstro capitalista tem suas consequências,
um aumento enorme das desigualdades sociais e consequente o aumento da criminalidade.
Em uma sociedade que uma pessoa tira a vida de outra por mera corrente de prata
significa que a mercadoria vale mais do que o próprio homem, como Marx já
profetizou entre os séculos XIX e XX, o Fetichismo da mercadoria é reafirmado
quando o homem é coisificado e a mercadoria humanizada no contexto atual.
Enquanto o
capitalismo dirigir o destino da humanidade, continuarão existindo grandes
disparidades sociais. Mesmo sofrendo crises atrás de crises sua hegemonia é
praticamente absoluta no globo. Deve-se encontrar um modo econômico inovador,
ou simplesmente tentar humanizar as relações capitalistas, não visando os lucros absurdos
encontrados atualmente em qualquer loja da esquina.