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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Capitalismo Exacerbado


Quando chega uma determinada data comemorativa, seja ela dia das mães, pais, namorados, das crianças, páscoa, natal, sempre nos deparamos com a mesma cena do consumismo. Lojas abarrotadas de pessoas em busca do presente ideal, o aumento dos produtos  e do capitalismo que move as pessoas a comprar algo para outras, sendo que as mesmas não sabem o real valor da data que eles julgam estar comemorando pelo simples fato de receber e dar presentes.
       Os telejornais, que hoje são os principais responsáveis para divulgar informações não divulgam, por exemplo, que o verdadeiro motivo do Dia Internacional da Mulher (8 de março) se da pelo fato que  neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem aquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.
       Outro exemplo de manipulação capitalista, consumista é do dia 12 de outubro, vulgo “Dia das crianças”. Crianças infernizam seus respectivos pais para ganharem presentes caros, passar o dia inteiro brincando no parquinho e ganhar atenção de seu responsável, mas uma coisa que a sociedade não desconfia é q seu verdadeiro significado se da porque marcou a descoberta da América por Cristovão Colombo e o mesmo denominou tal continente como: “Continente-Criança” por ter sido descoberto tardiamente. Conduto a comemoração do Dia das Crianças não foi absorvido culturalmente logo de cara, pelo contrário, durante décadas ninguém jamais se importou, porém  nos anos 60 a situação começou a mudar. Em jogo, entrou a grana. Isso porque, nesse período do ano, a fábrica de brinquedos Estrela lançou uma promoção para promover a venda da boneca “Bebê Rubusto”. Mesmo com esse nome exótico, a boneca foi sucesso de vendas. No ano seguinte, outras empresas viram na data a oportunidade de aumentarem as vendas de produtos infantis e lucrar em cima disso.
       Sem dúvida uma data capitalista reúne a família, dar presentes sempre é bom, ganhar é ótimo! Mas por que seguir essas datas ditadas pelo sistema? Provavelmente estas pessoas são movidas pelos estereótipos e fazem de uma troca de presentes algo útil, tanto para o consumidor como para o fornecedor. Não satisfeitos o mesmo cria figuras como Papai Noel um velhinho sadio que traz presentes numa grande sacola vermelha, claro que, apenas para as crianças que foram boas durante o ano, voando no seu trenó puxado pelas suas renas; e o Coelhinho da Páscoa (que cor ele tem?) que coloca ovos de chocolate, onde se viu coelho botar ovos? Isso são histórias inventadas para acostumar às crianças, desde cedo com a ideia do capitalismo, com a vontade de sempre comprar, gastar e ainda tentar implantar a ideia de que tudo isso faz bem para o individuo. 


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Comparação dos filmes "Laranja Mecânica" e "1984"


"Laranja Mecânica" é um filme que se passa numa sociedade semelhante a nossa mas que sofre constante com os atos de ultra violência de jovens criminosos. Essa sociedade se assemelha com a de "1984" por usar de torturas para lidar com os presos e por também ter um governo totalitarista.
Alex e Smith, protagonistas dos dois filmes, dividem  alguns fatos em comum. Por exemplo, ambos vivem em realidades alternativas à nossa, um vivendo no que seria o futuro pela visão de quem viveu em 1948 e o outro vivendo numa época futura em relação à nossa, ambos são pegos por seus respectivos governos e passam por um tratamento para que mudem seus comportamentos. Mas as semelhanças param por aí:
Alex é um jovem que, junto de sua gangue, usa produtos psicoativos para que possa praticar a “ultraviolência” e outros atos ordinários, ele e seus comparsas espancam mendigos, lutam com outras gangues, dirigem perigosamente e invadem casas de família para espancar e roubar a todos; tudo isso por pura “diversão”. Smith é um homem de meia idade que trabalha no setor informacional do partido do governo e adora sexo, prática recentemente proibida exceto para reprodução, que começa a questionar o sistema querendo saber se o que todos na época acreditavam era realmente verdade.
Um dia, Alex é pego pela polícia e sofre com a dureza e crueldade do sistema prisional e, ao passar pelo Tratamento Ludovico, um processo tortuoso e emocionalmente destrutivo,  perde seus instintos agressivos e regressa às ruas. A partir daí, ele começa a enfrentar as consequências dos atos violentos do seu passado e deixa de ser o agressor, tornando-se uma vítima e sendo segregado até pelos próprios pais. Enquanto isso, Smith conhece Julia e começa a ter encontros com ela onde ambos efetuavam praticas sexuais em segredo até o dia em que são pegos em pleno ato pelo governo e são presos.
 Já na prisão, Smith é torturado pelo governo para que esqueça qualquer ideologia diferente da praticada por eles e o personagem também aprende a não questionar o que o partido lhe diz em determinados assuntos, ao fim da tortura Smith encontra Julia pela última vez e repassa a ela tudo que compreendeu durante seu tratamento e depois é morto. Alex, em “Laranja Mecânica”, começa a ser perseguido por todos que costumava espancar e roubar inclusive Frank Alexander, que buscava uma vingança pessoal, e seus ex-companheiros de gangue, que o traíram e entraram para a polícia depois. Diante de tantas desgraças em sua vida Alex comete uma falha tentativa de se suicidar, onde sobrevive e acorda num hospital, sendo salvo graças aos melhores cuidados por parte do governo, ao sair do hospital Alex reconcilia-se com seus pais e recebe o convite para entrar em um cargo do governo. Alex diz-se “curado” e volta a suas antigas práticas violentas.
Conclui-se, portanto, que ambos os filmes fazem com que o telespectador reflita sobre os temas abordados e pergunte a si mesmos se o que acontecesse nos filmes poderia vir a se tornar realidade, e também faz com que quem assistiu questione a atual sociedade em que vivem e sua forma de governo atual, para saber se os atos dos indivíduos e dos governos se assemelham com os dos filmes.



Para assistir o filme:


domingo, 14 de outubro de 2012

Economia Global


Um vídeo com gráficos em 3D que mostra a economia de alguns países baseado em algumas perguntas:
Qual o país mais rico?
Qual  o país mais feliz?
Que país  gasta mais em educação?
Quanto que se ganha em uma hora de trabalho?
Por quantas horas a população tem que trabalhar para pagar uma entrada de cinema ou um táxi até em casa?
Entre outras...
 



 
Ps: não tem com legenda, porém dá para entender! :)

A evolução acelerada


Somos mais altos, mais fortes - e cada vez mais gordos - do que nossos antepassados longínquos porque o atual e rapidíssimo estágio tecnológico da civilização nos permite esse luxo.

 
O tamanho e o formato do nosso corpo traduzem a forma econômica e social da população mundial. Um homem ocidental tem hoje em média 1,77 metro e consome um mínimo de 2.378 calorias diárias. Por volta do ano 1700, a altura média do homem era de 1,68 metro e o consumo energético ficava abaixo das 900 calorias, justamente pelo fato de ser uma época anterior a Revolução Industrial, ou seja, a economia era agrária onde precisava de força braçal. Passava-se a maior parte do tempo cultivando ou guerreando, assim se um homem daquele tempo tivesse uma altura de um homem moderno e com um acesso a tão poucas calorias - como era na época - seria totalmente incapacitado para essas duas atividades, pois não pararia em pé com uma armadura sob o corpo e muito menos conseguiria arar o solo do nascer ao pôr do sol.

Os estudiosos chamaram esse campo de estudo de "evolução tecnofísica", onde o componente histórico e econômico andam juntas e justificam a evolução humana. Assim, não se trata mais da evolução darwinista, mas também não é uma teoria rival, pois a proposta por Charles Darwin é um processo lento e delicado em que todos os seres vivos têm um antepassado de que herdam as características físicas. As mutações ocorrem aleatoriamente no coração genético no momento em que a molécula de DNA faz uma cópia de si mesma para passar ao descendente, no decorrer do tempo sofre inúmeras influências externas sendo, então, uma cópia imperfeita. Esses novos indivíduos com essas mutações só saberão se estão mais bem ou mais mal aparelhados que seus pais quando se desenvolverem e enfrentarem a vida. Esse processo explica porque temos dois olhos virados para frente, o polegar opositor, ossos duros e leves ou porque andamos eretos. Cada uma dessas características foi uma novidade na marcha evolutiva e se mostrou útil para a sobrevivência da espécie. Já na evolução tecnofísica o processo é mais rápido, suas mutações são sentidas em uma mesma geração e não são transmitidas geneticamente.

As mutações positivas estão sendo produzidas pelas conquistas atuais do estágio evolutivo da técnica. Quando se vê um atleta como Usain Bolt correr os 100 metros rasos em apenas 9,58 segundos e perseguir um tempo ainda menor, o que estamos testemunhando é a evolução tecnofísica em ação.

Todavia, uma das mais assustadoras mutações tecnofísicas que estão ocorrendo em um ritmo alucinante é a transformação de populações inteiras de pessoas obesas em gordos mórbidos. A enorme fartura e a facilidade de acessa à comida estão facilitando essa transformação. A tecnologia cuida de fabricar carros mais potentes, cadeiras e poltronas maiores e mais resistentes e até guindastes para içar gordos mórbidos nos hospitais. Ou seja, o homem moderno está ingerindo mais calorias e sendo mais sedentário por conta da economia e da tecnologia que permitem que a humanidade seja assim.

Podemos comparar, então, com o filme Wall-E onde a tecnologia atinge seu ponto máximo e depois de décadas de consumismo em massa faz com que a humanidade se mude para uma nave e acabe por viver no espaço já que o planeta Terra não é mais um lugar habitável. Assim, os passageiros humanos sofreram severas perdas de massa óssea e tornaram-se obesos mórbidos porque a tecnologia da nave os permitiu que fossem assim, pois não andavam já que havia cadeiras flutuantes que os levavam para todos os lados, não movimentavam nem as mãos – os computadores e mãos mecânicas faziam isso por eles.

Nos Estados Unidos, 1980 para cá, o número de obesos dobrou. Atualmente, 30% da população americana sofre de exagerado sobrepeso, com índice de massa corporal superior a 30 (calcula-se o IMC dividindo o peso pela altura ao quadrado). O Brasil tem 15,8% da população obesa – patamar semelhante ao dos Estados Unidos há trinta anos. Isso é preocupante, precisa ser combatido e pode nos levar a dizer que o ser humano alto e forte agora também é gordo.