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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Overdose Capitalista



O que o ócio não nos leva a pensar? Estava eu sentado no meu sofá com a TV ligada, para não ficar um silêncio ensurdecedor (uma espécie de som ambiente), e comecei a observar os objetos a minha volta, vários eletrônicos os quais atualmente é quase impossível separar-se deles, celulares que nesta década transformaram-se em um novo órgão do corpo humano, outros meios de comunicação como rádio e a própria televisão que no momento fazia o papel de rádio, nos viciaram pela sua simples existência. Nenhuma pessoa que usufruiu destes privilégios consegue sobreviver sem os mesmos. Acho engraçado o fato de algumas pessoas possuírem um relógio no pulso e mais de um celular no bolso, e no momento que elas vêem a hora, o espanto é tremendo! Esta pessoa tem a ousadia de ver a hora no celular. Afinal... Pra que tudo isso?
Vícios e mais vícios oriundos do modelo econômico adotado em nosso território. Este capitalismo extremamente consumista anda escrevendo o destino da humanidade por um bom tempo com uma enorme ajuda do chamado, por Milton Santos, de “Globaritarismo”, uma totalização mundial do capitalismo através da perversa globalização. A demanda de mais dinheiro para alimentar o monstro capitalista tem suas consequências, um aumento enorme das desigualdades sociais e consequente o aumento da criminalidade. Em uma sociedade que uma pessoa tira a vida de outra por mera corrente de prata significa que a mercadoria vale mais do que o próprio homem, como Marx já profetizou entre os séculos XIX e XX, o Fetichismo da mercadoria é reafirmado quando o homem é coisificado e a mercadoria humanizada no contexto atual.
Enquanto o capitalismo dirigir o destino da humanidade, continuarão existindo grandes disparidades sociais. Mesmo sofrendo crises atrás de crises sua hegemonia é praticamente absoluta no globo. Deve-se encontrar um modo econômico inovador, ou simplesmente tentar humanizar as relações capitalistas, não visando os lucros absurdos encontrados atualmente em qualquer loja da esquina.

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